quinta-feira, 2 de maio de 2013

Cruel destino do humano egoísta

A lua estava cheia, pairando com sua beleza pelo céu estrelado. Olhar o céu numa noite estrelada talvez seja o maior autodescobrimento que um humano pode ter, reconhecer sua insignificância perante um universo imenso, poderoso e indiferente. As coisas mudavam de cor, sua mente o confundia, qual o motivo disso tudo, de todo esse poder, de toda essa filosofia, de todo esse sentimentalismo barato? O humano sempre foi uma máquina de ódio e seu egocentrismo, seu desejo de importância sempre o obrigou a pensar em sua própria sobrevivência, seus próprios problemas, afinal ainda é um animal instintivo, por mais que negue esta sua condição. Na verdade, teríamos sofrido menos se jamais negássemos nossos instintos egoístas, já que, no fim, toda essa filosofia e desejo de se reconhecer em meio a este imenso universo nos afastou, nos fez diferentes, inflamando todo esse egoísmo. Vemos então pessoas que não querem as mesmas coisas, humanos que já não parecem ser da mesma espécie, que escolhem outros humanos como se estivessem fazendo compras, escolhem amores, ódios e companhias, tudo pautado na imagem, naquilo que um mostra ser para o outro, na máscara colocada para agradar, pelo interesse, máscaras que caem, mas quando caem, mostram outras, já que este ser não tem mais face. No final, qualquer escolha é inútil, é inevitável o sofrimento desta espécie, já que ela o buscou por achar que tem alguma importância. Enquanto isso, lá continua a lua, altiva, se pudesse pensar e falar riria desta espécie idiota, que acha que tem poder. Cada um de nós, está fadado ao sofrimento eterno.

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